sábado, 19 de maio de 2012

O banho divino

Oh! Musa minha
Tu, quando vais ao banho
Tu, que para a cachoeira caminha
Sem nenhum acanho

Despe-se próximo à macieira
O corpo faz-se de sol
Sou impedido de vê-la inteira

Mas basta-me contemplar-te o rosto
As mãos e os pés
O resto, sob nuvens está posto.

A água desliza por tua face,
Desce por teu colo lentamente
Abraçando teu corpo no enlace
Desejava, eu, ser essa água desesperadamente.

Cumprir o que a vida me ditou:
Envolver-me em teus cabelos, acariciar tua pele
Que nem a água, ser o único que em teus lábios tocou.

Permita-me, Musa, esta proeza,
Seria a minha fortuna
Minha única riqueza

Leonildo Cerqueira

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