quarta-feira, 25 de julho de 2012


Lia o conto, sorria, ria! Um riso ao mesmo tempo alegre e angustiante. Repentinamente, as bolinhas saltam do texto. Agora cercam a leitora. Com olhos estufados, parecem perguntar desesperadamente: por qual motivo ris? A leitora, num inexplicável movimento, tocou levemente as bolinhas.

Cássia Alves

Um comentário:

  1. PEQUENA ANÁLISE: Antes de tudo, um mergulho profundo na leitura, entrega total ao ponto de não se poder mais discernir o que é realidade ou o que é fantástico. É possível vermos, inclusive, o diálogo entre o texto e o leitor: "Com olhos estufados [as bolinhas], parecem perguntar desesperadamente: por qual motivo ris?" Finalmente, o momento de fusão, de reciprocidade, o momento em que o leitor aproxima-se, definitivamente do texto: "A leitora [...], tocou levemente as bolinhas".

    ResponderExcluir

O Grupo Aliteração agradece o seu comentário. Visite-nos sempre!